Pages

quarta-feira, 15 de abril de 2009

We can do it!

Não sou de levantar bandeiras, nem nunca fui de defender com unhas e dentes nehuma dessas grandes causas da humanidade, nem mesmo a dos direitos iguais entre homens e mulheres... de fato não me considero uma feminista na essência... mas gosto de ter meu espaço e minha independência e tiro meu chapéu para as mulheres que conquistaram terreno e lutaram para chegar onde chegamos nos dias de hoje.
Sim, porque até muito pouco tempo atrás, as mulheres somente eram estimuladas a ficar em casa, cuidando dos filhos e esperando o marido chegar do trabalho. Mas (ainda bem) hoje os tempos são outros...
Além dos defensores das causas, que lutaram e reivindicaram por mudanças, uma outra coisa que sempre contribuiu para que elas acontecessem foi a própria necessidade. E é exatamente esse o exemplo da Segunda Guerra Mundial nos EUA, momento em que a mão-de-obra masculina ficou escassa em função de muitos estarem na linha de frente.
“Rosie, the Riveter” (hoje um famoso ícone feminista) foi criada como um personagem de campanha do governo americano para convencer as mulheres a dar sua contribuição à guerra, saindo de suas casas e ocupando as posições dos homens nas fábricas (produzindo principalmente material bélico).
Tá certo que a causa não foi muito nobre (pelo menos não na minha opinião, afinal, subsidiar uma guerra, seja da forma que for, não pode ser considerada uma boa causa), mas o fato é que os números do mercado de trabalho para as mulheres cresceram vertiginosamente nesse período. No início da Guerra (em 1941), um quarto das posições de trabalho pertenciam às mulheres – o que representava 12 milhões de mulheres. No final da Guerra, esse número chegou aos 18 milhões – um terço da mão-de-obra do país, ou seja, em 1945, um em cada três trabalhadores era mulher. Isso sem considerar que muitas que já trabalhavam no período pré-guerra migraram para posições de trabalho consideradas ‘masculinas’.
Com o fim da guerra, e a volta dos homens ao país, a expectativa era que todas as mulheres “devolvessem” seus empregos. Muitas “Rosies” voltaram pra casa, mas muitas outras, e as suas gerações seguintes, perceberam que o trabalho em fábricas era uma possibilidade para as mulheres e se recusaram a desistir do seu salário (ainda que pequeno). Hoje podemos dizer que muito do que foi conquistado é fruto do trabalho dessas mulheres.

Mudando um pouco o assunto para amanidades, adorei quando vi o ensaio da Glamour de Abril... onde Rory Gilmore (ops), Alexis Bledel, reproduz o clássico cartaz “Rosie the Riveter”.

Também quero!!!! Usei o Face in Hole e coloquei minha careta no cartaz... pior é que acabei ficando uma Rosie nada séria... com as canjicas todas à mostra!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Create your own FACEinHOLE

2 comentários:

Mário Cesar Filho disse...

Adorei o texto! E acredito que atualmente seria impossível pensar em um lar em que só o homem tem a responsabilidade de sustentar. O mundo é outro, as necessidades são outras e cada vez mais o homem passou a depender da mulher, principalmente na ajuda financeira do lar. Se antes, o homem era capaz de bancar sozinho uma família com quatro, cinco, dez filhos, hoje ele mal consegue sustentar um casal de filhos. bjs

Sthefany disse...

Gostei muito de seu texto!!
Vou dar mais uma olhadinha nos outros postes ;)
bjus