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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Entre uma decepção e outra...

Segue abaixo um texto enviado por nossa amiga e colaboradora Renata.
Rê valeu pela contribuição, adorei o texto.
Sempre que quiser contribuir é só falar, aliás quem quiser contribuir por favor sintam-se à vontade.

Entre uma decepção e outra, que tal uma pausa para aprender?

Por Rosana Braga
http://www.rosanabraga.com.br/

Tem época na vida da gente que parece que os encontros que deveriam ser uma oportunidade de se sentir satisfeito e feliz são mais uma afronta ao nosso coração. Assim, vamos contabilizando decepções e desacreditando na possibilidade de viver uma experiência positiva e motivadora.

Quando isso acontece, creio que o melhor seja parar. Uma pausa para aprender. Ou melhor, antes apreender. Perceber o que está acontecendo, quais são nossos verdadeiros desejos e quais têm sido nossas atitudes para torná-los concretos.

Muitas vezes, fazendo uma análise mais justa e desapegada, sem assumir o papel de vítima das armadilhas da vida ou da sacanagem dos outros, e nem o de culpado, como se tudo o que fizéssemos estivesse definitivamente errado, terminamos descobrindo que há alguma incoerência nisso tudo.

Só que para tanto, precisamos de tempo... e principalmente de coragem para admitir limitações, assumir pensamentos negativos e confiar mais na sabedoria da vida e em seu ritmo. O que acontece, no entanto, é que a maioria de nós não quer esperar, não quer refletir. Tem apenas um único pensamento que alimentamos o tempo todo: quero namorar, quero ter alguém!!!

Será que estar com alguém é o mesmo que estar feliz? Pode ser que sim, mas pode ser que não; e se por qualquer motivo você não tem ficado com quem deseja, talvez seja o momento ideal para um intervalo, tão útil entre uma decepção e outra...

Tempo de se observar, de observar as pessoas e ouvir o que elas dizem. Tempo de aprender, crescer, ter uma nova conduta, desenvolver uma nova postura. Aguardar até que a vida lhe mostre qual é o melhor caminho a seguir.

Mas para ver, você precisa estar atento, sem tanta ansiedade, sem tanto desespero para tentar fazer com que as coisas aconteçam do jeito e na hora que você quer...

E se nenhuma resposta vier, talvez você precise ver e ouvir com o coração. Respeitar o silêncio. Aceitar a ausência de quem você tanto deseja encontrar... Talvez não haja uma resposta e nem haja uma explicação.

Às vezes, simplesmente não existem respostas nem explicação. Apenas a vida. Apenas as pessoas. Apenas o mundo. Apenas a dor e o amor. E se insistirmos em não aceitar, em brigar, em nos rebelar, em nos revoltar... conseguiremos tão somente mais dor... e menos amor.

Aceite que você não tem o controle, que você não pode decidir sozinho, que o universo tem seu próprio ritmo. Faça o que está ao seu alcance; faça a sua parte... e bem feito; da melhor maneira que puder.

E o que não puder, entregue e espere... porque embora diga sabiamente a música de Geraldo Vandré (Pra não dizer que não falei das flores) “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, tem ocasiões nesta vida em que ‘quem sabe, espera acontecer e respeita a hora de não fazer’... até que um dia, o amor de repente acontece... porque seu coração estava exatamente onde deveria para ser encontrado!

Rosana Braga
Escritora e Consultora em Relacionamentos. Palestrante na área de Desenvolvimento Profissional e Relacionamentos Interpessoais

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